2 de novembro de 2013

Quietação

A tranquilidade do fim de tarde confortava-me, a escuridão típica daquela hora invernal permitia-me descansar. E a frescura do ar. E as gotas de água que caiam espaçadamente das folhas da árvore que sussurrava a meu lado.
O resto permanecia imóvel. Havia duas filas de carros aleatoriamente estacionados que, ainda assim, pareciam ter sido encaixados cuidadosamente para compor a paisagem daquela forma. Não a conseguia imaginar de outra maneira.
Sentia a presença de pessoas. Distantes e pensativas, como convidava o ambiente. Isso era bom, senti-las.
Ouvia o ruído abafado do rádio de um automóvel. Musica no volume certo, agradavelmente certo.
Voltei a olhar a árvore, a sentir as gotas, a inspirar o ar, a tocar o escuro.
Tudo estava perfeito. Pensei - "Obrigada".

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